terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PARADIGMA PLANETÁRIO





Paradigma planetário
A globalização comporta um fenômeno mais profundo que o econômico-financeiro. Implica a inauguração de uma nova fase da história da Terra e da humanidade. O filósofo das ciências Thomas Kuhn e o físico quântico Fritjof Capra, para entendê-lo, introduziram no debate a questão da mudança de paradigma. Sim, estamos mudando de paradigma civilizacional. Com isso, queremos dizer: está nascendo um outro tipo de percepção da realidade, com novos valores, novos sonhos, nova forma de organizar os conhecimentos, novo tipo de relação social, nova forma de dialogar com a natureza, novo modo de experimentar a Última Realidade e nova maneira de entender o ser humano no conjunto dos seres.
Esse paradigma nascente nos obriga a operar progressivas travessias: importa passar da parte para o todo, do simples para o complexo, do local para o global, do nacional para o planetário, do planetário para o cósmico e do cósmico para o mistério e do mistério para Deus. A Terra não é simplesmente a adição do físico, do vital, do mental e do espiritual. Ela encerra todas essas dimensões articuladas entre si, formando um sistema complexo. Isso nos permite perceber que todos somos interdependentes. O destino comum foi globalizado. Agora, ou cuidamos da humanidade e do planeta Terra ou não teremos mais futuro algum. Até hoje podíamos consumir sem nos preocupar com a exaustão dos recursos naturais; podíamos usar da água como quiséssemos, sem consciência de sua extrema escassez; podíamos ter filhos quantos desejássemos, sem temer a superpopulação; podíamos fazer guerra sem medo de uma catástrofe completa para a biosfera e para o futuro da espécie humana. Não nos é mais permitido viver como antes. Temos de mudar como condição de nossa sobrevivência na biosfera.
Leonardo Boff

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os escravos do século XXI




Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O "desenvolvimento" capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.

Luther Blisse

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

EDUARDO PAES FASCISTA!!!






A história indiscreta do prefeito do Rio de Janeiro
Nesta biografia não-autorizada, você vai conhecer Eduardo Paes. Como ele começou na política, o troca-troca de partidos, sua associação com as empreiteiras, as remoções de favelas e a defesa do crime organizado, até chegar no atual "Choque de Ordem" — agressão contra o povo travestida de política pública — durante muito tempo sonhada pelas classes dominantes do país.


Eduardo Paes iniciou sua "carreira política" em 1993, com apenas 24 anos — antes de terminar a faculdade de Direito na PUC-RJ — no comando da subprefeitura da Barra da Tijuca, quando o prefeito da cidade era César Maia (PFL). Desde então, sempre foi um aplicado pupilo e seguiu à risca a principal lição de seu mestre: estar ao lado do capital. É importante repetir que ele foi guindado à subprefeitura por César Maia, porque na última farsa eleitoral, o discípulo fez todo o possível para se dissociar do mestre.

Três anos depois, foi eleito vereador. Sua subida vertiginosa no velho Estado brasileiro continuou em 1998, quando pela primeira vez foi eleito para a Câmara dos Deputados, com apenas 29 anos, e em 2002, quando foi reeleito. Antes da reeleição, porém, assumiu a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, durante a gerência de César Maia.

Em 2007, a convite do governador fascista Sérgio Cabral, Eduardo Paes assumiu a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer, mas deixou o cargo em março de 2008 para disputar as eleições para a prefeitura. Em apenas cinco anos o atual prefeito do Rio passou por três partidos — PFL, PSDB e PMDB — e de 1993 pra cá passou também por PV e PTB. Se for possível falar de infidelidade num regime de partido único, seu comportamento é mesmo um dos mais volúveis.

Dinheiro farto
Na campanha à Prefeitura do Rio, a candidatura de Eduardo Paes foi a que recebeu mais dinheiro. Somente até agosto de 2008 o PM DB havia declarado a arrecadação da pequena fortuna de 3,166 milhões de reais — valor que pode duplicar se considerarmos o dinheiro oriundo do caixa dois, prática mais que generalizada entre os partidos eleitoreiros. A Construtora OAS foi a que mais investiu nas eleições, com mais de 1,5 milhão de reais distribuídos por quase todos os candidatos — incluindo os representantes da falsa esquerda Alessandro Molon e Jandira Feghali, que lucraram, juntos, 500 mil reais. Naturalmente os doadores de campanha cobrarão a fatura em um futuro próximo.

Há duas empresas que também investiram muito nas eleições municipais do Rio de Janeiro. E são duas empresas que ajudam a contar a história de Eduardo Paes, porque há pelo menos duas décadas fazem parte do esquema César Maia. São elas o banco Bradesco e a empreiteira Carvalho Hosken. As duas empresas estiveram envolvidas nos despejos violentos promovidos pela prefeitura, em 2006, na Barra da Tijuca.

O interesse da especulação imobiliária no Rio de Janeiro ficou muito claro na ocasião do despejo violento, em fevereiro de 2006, da Comunidade Arroio Pavuna, localizada na Barra da Tijuca. As sessenta e sete famílias que lá residiam receberam indenização média de R$ 15 mil cada, valor insuficiente para adquirir outro imóvel na região, como determina o artigo 429 da Lei Orgânica do Município. Dessas indenizações, ao menos quatro foram pagas com cheques de empresas privadas (três da construtora Carvalho Hosken S/A e um da Uhslanga Comércio de Roupas).

Os quatro cheques são do Banco Bradesco, agência 1075 (Barra da Tijuca). Seus números e respectivos valores são 010794 (R$ 19. 516,00), 010776 (R$ 33.161,00), 010798 (R$ 26.208,00) e 010796 (R$ 17.434,00). Jovino Germano Pinto, 71 anos, aposentado, morou na Arroio Pavuna por 15 anos e falou sobre a retirada dos moradores.

— Foi tão rápido que nem deu tempo de fazer nada. Eles chamaram a gente na Secretaria de Habitação e disseram: 'Se vocês quiserem aceitar, tudo bem; se não quiserem, vamos tirar do mesmo jeito'. Aí deram os cheques e 24h pra gente sair. Teve gente que não aceitou, mas a Guarda Civil entrou, tirou as coisas e derrubou as casas.

Detalhe: distante apenas 50 metros de onde estava a Comunidade Arroio Pavuna encontra-se o Condomínio Rio 2, construído pela Carvalho Hosken, onde um apartamento de dois quartos custa, em média, R$ 700.000,00.

Violência contra o povo
Quando era subprefeito, em 1993, Eduardo Paes comandou uma tentativa de despejo violento numa outra favela da Zona Oeste, a Vila Autódromo. Os moradores da região dizem que Eduardo Paes os acusou de causar "dano visual, ambiental e estético", discurso punitivo contra a classe trabalhadora utilizado pelo então jovem estudante de Direito, de 24 anos, para concorrer e ser eleito vereador.

Em 1996, a Vila Autódromo sofreu uma ação de reintegração de posse movida pela Prefeitura. Inscrito sob o número 2245 na 4ª Vara de Fazenda Pública, e assinado por Luiz Roberto da Mata, da Procuradoria Geral do Município (PGM), o texto coloca como réus os ocupantes da Vila Autódromo e "objetiva reprimir dano ao meio ambiente urbano, dano ao meio ambiente natural, dano estético, paisagístico e turístico pedindo-se limitar (...), tomando-se providências para retirada de pessoas e coisas".

Analisando este histórico não é difícil compreender o atual "Choque de Ordem" promovido pelo prefeito Eduardo Paes. Trata-se de uma consequência natural das alianças que fez durante sua "carreira" política. Para deleite das empreiteiras e do monopólio dos meios de comunicação, que lucram com a violência contra a classe trabalhadora, Paes criou uma secretaria de governo apenas para tratar de ações contra mendigos, camelôs e gente que não tem onde morar. São as tais operações CopaBacana, IpaBacana e etc. O novo secretário, tão logo foi empossado anunciou o RioBacana, alcunha que por si só revela a opção de classe dos donos do poder. A Secretaria Municipal de Ordem Pública, comandada por Rodrigo Bethlen, representa melhor do que qualquer coisa o uso da máquina pública pelos ricos para massacrar os pobres.

Daí o jornal O Globo ter anunciado Eduardo Paes como o "novo xerife" daquilo que chamam de ordem pública. Logo após a eleição o novo guardião dos interesses capitalistas recebeu três páginas, no primeiro caderno, de uma entrevista "mamão com açúcar", sem perguntas difíceis. E mais duas ou três sob a vinheta "transição", dedicadas a relatar os feitos do jovem empreendedor em Brasília.

Apoio ao crime organizado
As chamadas milícias também marcam a história indiscreta do atual prefeito do Rio. Esses grupos paramilitares, compostos por policiais civis, militares, bombeiros e agentes carcerários são responsáveis por milhares de casos de assassinatos, torturas, ameaças e diversos tipos de agressões contra a população favelada do Rio de Janeiro. Até jornalistas já foram vítimas da brutalidade desses delinquentes, apêndices do aparato estatal para exercer controle sobre determinadas regiões e explorar serviços de gás, telefonia, TV a cabo, "segurança", entre outros.

Eduardo Paes, seguindo a diretriz de seu mestre político, César Maia, defendeu a ação desses bandidos numa entrevista ao programa RJTV, da Rede Globo, durante as eleições para governador do Rio de Janeiro, em 2006, quando se candidatou pelo PSDB. Na ocasião, o atual prefeito da capital fluminense declarou o seguinte:

— Jacarepaguá [Zona Oeste do Rio de Janeiro] é um bairro que a tal da polícia mineira, formada por policiais, por bombeiros, trouxe tranquilidade para a população. O morro do S. José Operário era um dos morros mais violentos desse estado, e agora é um dos lugares mais tranquilos.

Vários deputados estaduais e vereadores do Rio estão presos acusados de chefiarem os grupos paramilitares no Rio, mas nada foi efetivamente feito para que esses grupos deixassem de existir e eles continuam atuando livremente e com o apoio do Estado.


FONTE: http://www.anovademocracia.com.br/anteriores/94/2125-a-historia-indiscreta-do-prefeito-do-rio-de-janeiro


MEUS AMIGOS, VAMOS PENSAR ANTES DE VOTAR NOS CANDIDATOS DESSA MAFIA...
OS FASCISTAS ESTÃO AÍ, A SOLTA QUERENDO AUMENTAR O PODER E ASSIM USAR E ABUSAR DELE...

FORA CABRAL!
FORA DILMA!
FORA LULA!!
FORA EDUARTO PAESS!!

domingo, 16 de maio de 2010





Evoluindo e emanando coisas boas
Vibrações além das normalidades urbanas
Pessoas indo e vindo
Corações ao relento
Destino traçado e carregado pelo vento
Forças sobrenaturais ajudando os guerreiros da terra
Contra forças e poderes “babiloucos”
Guerreiros lutando com os verdadeiros “loucos”


Querem destruir a nossa mata
Eu não deixo evoluo e mereço
Um lugar verde à beira mar
Para ser minha morada
Viver,evoluir e plantar

Plantar na nossa terra sagrada
O futuro para uma nação
Imensidão de corpos e almas
Umas sem coração
Outras lutando na contra mão
Mais continua essa luta
Já traçado o objetivo
Lutando e conquistando
Sem recuar sempre resistindo
Com as forças do Criador

Diogo Saddock de Sá

Escrito dia 20/04/2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

VIRA MESA SEU "DOTÔ"




Expostos imposto contra parede
Parede vira rede de alienação
Alienação construída pelo meio de comunicação
Comunicação delineada com visões do mal
Mal?Ser mal é normal?
Normal é ser animal?
Animal, nesse meio de comunicação formal
Formal é a maneira de envenenar seu cérebro
Cérebro envenenado com as programações
Programações assistidas com prazer
Prazer que vira dor, né seu dotô?

Vira ,vira,vira a mesa
Viram, a mesa virou
Vamos inverter os fatores, os atores
Pra vê se tu agüenta as nossas dores.

Doutorado na técnica de alienar
Introduzindo em sua alma
O chip da comunicação
Ação formada pelo CMI
Capitalismo Mundial Integrado, por aí
Você pode ouvir,as melhores propagandas
Querendo te consumir, querendo te engolir


Até quando você vai ficar nesse meio?
Sobrevivendo, sem ter onde morar
O que comer? E amanha como vou estar?
Duvidas freqüentemente assistida do sofá
Por “megas” corruptos de várias profissões
Que já ganharam o seu, seja com o mensalão
Ou com o arrego do morrão.



Diogo Saddock de Sá

RESISTÊNCIA

terça-feira, 13 de abril de 2010

A verdadeira explicação da tragédia‏

Chuvas e hipocrisia

Nestas horas em que centenas de pessoas morrem ou ficam desabrigadas em
função do desabamento de encostas, enchente e transbordamento de rios,
proliferam na mídia textos e entrevistas de “especialistas” que buscam
apontar as causas ”naturais” e “antrópicas” que explicariam tais
“tragédias”. Alguns destes textos e entrevistas são mais sérios, outros
mais oportunistas. Uns mais pontuais, outros mais abrangentes. Alguns mais
contundentes na crítica aos governantes de plantão, outros mais
benevolentes. Mas, poucos vão fundo na análise do conjunto de questões que
estão envolvidos nesta complexa problemática.

O que nenhum texto, entrevista ou declaração que circulou nestes últimos
dias disse é que tudo isto tem a ver com o modelo de desenvolvimento
vigente no Brasil desde meados do século XX, baseado na modernização
acelerada, seletiva e conservadora do campo e da cidade.

E a raiz do problema está na forma acelerada com que se expulsou do campo
brasileiro no último século mais de 50 milhões de pessoas. A perpetuação
do controle das terras pelo latifúndio e a modernização deste estão na
origem da expulsão desta enorme massa de trabalhadores rurais, os quais
foram precariamente absorvidos pelas grandes cidades brasileiras. A
histórica reivindicação da reforma agrária foi não só negada, como
substituída por uma política de incentivo ao desenvolvimento de
tecnologias poupadoras de mão-de-obra no campo, levando ao aumento da
concentração fundiária e ao desemprego e subemprego generalizados no campo
e à conseqüente expulsão de grandes contingentes de trabalhadores rurais
para as cidades.

E para onde foram estes trabalhadores? Para as áreas das grandes cidades
que não interessavam ao grande capital imobiliário, por conta dos custos
de produção mais elevados: as encostas dos morros e as várzeas dos rios.
Não porque inexistam espaços urbanos vazios em melhores condições para a
moradia destas pessoas, mas porque estes vazios estão controlados pelo
capital imobiliário, aguardando a valorização destas áreas. Da mesma
forma, há um sem número de prédios e apartamentos vazios nas nossas
grandes cidades, mas estes não podem ser ocupados por estas pessoas, pois
o “sagrado direito de propriedade” garante o direito dos proprietários de
mantê-los vazios, mesmo que isto signifique empurrar milhares de pessoas
para morar em áreas “de risco”.

Portanto, o que está raiz das centenas de mortes que se repetem a cada
chuva é a propriedade privada!!! Enquanto o direito de propriedade imperar
sobre o direito à vida estas tragédias se repetirão. Enquanto a reforma
agrária não for feita, permitindo que muitos trabalhadores que foram
expulsos do campo tenham o direito de para lá retornar e que outros que
ainda lá estão não sejam expulsos, estas tragédias se repetirão. Enquanto
a reforma urbana não for feita, colocando à disposição dos trabalhadores
os terrenos e as moradias mantidos fechados pelos especuladores urbanos,
estas tragédias se repetirão.

É certo que a geografia do Rio de Janeiro favorece a ocorrência de
deslizamentos de encostas e transbordamento de rios, mas não é certo que
os trabalhadores só tenham a possibilidade de morar nestes lugares, nem
que devam morrer por causa disso. É certo que também desabaram encostas
onde havia mansões, mas só morreram os pobres. É certo que todos na cidade
sofreram com as chuvas, mas o grau de sofrimento é incomparável.

E agora o que vemos se descortinar é mais um exemplo da hipocrisia das
nossas elites, através da multiplicação das declarações de políticos e
editorias da grande imprensa defendendo a remoção das populações
residentes em áreas “de risco” em nome da “segurança destas próprias
pessoas”. Trata-se da retomada de uma das práticas mais autoritárias
levadas a cabo na construção do espaço urbano de nossas grandes cidades e
que longe de proteger “os pobres” acentuou as nossas mazelas sociais. Ou
esquecemos que as favelas removidas do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas
deram lugar a prédios de alto luxo enquanto a população que aí residia foi
deslocada para lugares como a Cidade de Deus, repleta de problemas de
infraestrutura e internacionalmente famosa pela violência.

Se o propósito é realmente o de proteger os trabalhadores que moram nas
“áreas de risco”, então vamos destinar imediatamente para moradia as
centenas de prédios – alguns inclusive públicos – que se encontram hoje
vazios na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Podemos começar pelos da
região portuária do Rio, onde há inúmeros prédios e terrenos públicos e
privados abandonados...

Mas, não, isso não é possível, afinal esta área já está destinada para os
megaempreendimentos imobiliários voltados para a modernização da região
portuária do Rio, visando a Copa do Mundo e as Olimpíadas...
A hipocrisia das elites brasileiras é incomparável... E inconcebível!

Paulo Alentejano – Professor do Departamento de Geografia da FFP/UERJ,
integrante da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e da Associação
Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).

terça-feira, 30 de março de 2010

SANTO DAIME


Em Defesa da Ayahuasca e da Soberania Nacional!





O caso lamentável da morte prematura do cartunista Glauco Villas Boas e de seu filho Raoni, parece ter dado um ânimo especial à fúria das forças hegemônicas que sempre estiveram infiltradas nos principais veículos de comunicação em massa, buscando de todas as formas direcionar a opinião pública no sentido de favorecer e legitimar os interesses particulares de uma elite dominadora. Interesses esses historicamente voltados para o monopólio do nosso patrimônio natural e genético, a fim de garantir a utilização irrestrita dos nossos recursos naturais, bem como a geração de riqueza para uma classe de abastados que não estão em nada comprometidos com a melhoria das condições de vida do oprimido povo brasileiro.

Eu como brasileiro, defensor dos interesses da nação e da integridade do território nacional, entendo que as diversas tradições ayahuasqueiras presentes em nosso país, entre elas a doutrina do Santo Daime, fazem parte de um importante legado cultural deixado pelos povos da floresta que já habitavam essas terras americanas muito antes da chegada dos dominadores europeus, e que construíram ao longo de muitas gerações o conjunto de conhecimentos e habilidades necessários para a reprodução da vida humana nos ambientes tropicais. Oprimidos pela ganância desenfreada da cultura ocidental, esses autênticos brasileiros, juntamente com os outros povos dominados, trazidos do continente africano e de outras partes do mundo, foram brutalmente arrancados de suas raízes culturais e simbólicas e inseridos à força no universo judaico-cristão.

Se isso, num primeiro momento, serviu de instrumento de dominação e subjugação desses povos, com o passar de algumas gerações, a própria linguagem cristã, com seus mitos e símbolos, passou a ser utilizada para reavivar aquela voz ancestral que fora calada pelas forças dominadoras. Dessa forma surgem todas as belas tradições folclóricas brasileiras que entrelaçam de forma única as diversas correntes de espiritualidade e cultura que passaram a conviver no Brasil. A Ayahuasca traz em si essa herança perdida, fazendo-nos relembrar das nossas raízes culturais e da nossa ligação ancestral com os seres da natureza, há muito sufocada pelo inebriante mundo urbano “civilizado”.

Agora, aqueles mesmos dominadores de outrora, travestidos de defensores da moral e dos bons costumes, querem rebaixar essa bebida enteógena ao mesmo nível das diversas drogas inebriantes produzidas no contexto de um modelo decadente de sociedade consumista, degradante dos recursos naturais e banalizadora das tradições culturais. Sob desígnios preconceituosos do tipo “droga alucinógena” ou “pajelança química travestida de religiosidade pastoril” nos fazem crer (baseados unicamente nos depoimentos da família do assassino) que a bebida causou as alucinações que levaram o rapaz a cometer o duplo assassinato que chocou o país. Não consideraram que o jovem já não tomava o chá há pelo menos seis meses e vinha fazendo o uso constante de drogas pesadas; que no réveillon, quando esteve pela última vez no Céu de Maria, lhe fora negado o chá, tendo em vista o comportamento que vinha apresentando; que os próprios membros do Céu de Maria haviam alertado a família sobre o estado de saúde mental do rapaz (a que nenhuma providência fora tomada). Aqueles que forem inteligentes que tirem as suas próprias conclusões.

Impressiona-me também as palavras carregadas de preconceito e desinformação de pessoas formadoras de opinião como o jornalista Paulo Nogueira, correspondente da revista Época, que traça um paralelo descabido entre o Daime, o Vodu e Confucionismo, exaltando a sabedoria dos Anacletos de Confúcio e ridicularizando o que ele chama de “gurus” do Daime. O jornalista chama de “retorno aos princípios do confucionismo” a invasão da mentalidade ocidental na China, que tem sepultado as tradições ancestrais do seu povo, inviabilizado a vida nas áreas rurais e relegado a população a um regime escravagista e excludente, organizado para atender a uma produção industrial absurda que colocou o gigante oriental ao lado dos Estados Unidos, como o maior consumidor dos recursos naturais do planeta, destruidor dos ecossistemas naturais e saturador da atmosfera com dióxido de carbono e outros gases tóxicos, nocivos à saúde humana e a do planeta. Isso é o que o autor chama de “ascensão espetacular” da China. Por outro lado define o Santo Daime como “religião primitiva que nasceu dos delírios do seringueiro Raimundo Irineu Serra”.

Raimundo Irineu Serra foi gente nossa, brasileiro autêntico, filho de escravo, homem trabalhador. Saiu do Maranhão e foi trabalhar como seringueiro na Amazônia. Viveu na pele, assim como os outros precursores da Ayahuasca no século XX, a realidade de exclusão e marginalização que muito bem conhece o nosso povo e tanto desconhece a elite dominadora imperialista. Busquem pela história de vida desses homens, pioneiros de diferentes tradições ayahuasqueiras: Raimundo Irineu Serra, Sebastião Mota de Melo, Daniel Pereira de Matos e José Gabriel da Costa. Histórias comoventes, homens de elevada moral, gente sofrida, trabalhadora, que enfrentou a dura vida na floresta e aprendeu com seus habitantes a melhor forma de viver com dignidade no causticante ambiente amazônico. Seringueiros, agricultores e lavradores, gente simples, gente nossa, que em meio à sua luta cotidiana, encontrou no chá ancestral da floresta uma forma de se libertar do jugo imposto por uma sociedade materialista, exploradora, injusta e destruidora dos valores morais. Reuniram pessoas, parentes e amigos e encontraram forças para propor uma vida diferente, uma vida calcada em valores comunitários, ecológicos e espiritualistas. Uma vida simples, com pensamento elevado, buscando a sintonia com os mistérios da floresta e com a sabedoria dos nossos ancestrais. O próprio tempo fez com que esse movimento alcançasse os grandes centros urbanos. Talvez poucos desses precursores viveram para ver o seu culto atingir as cidades, levando para diversos lugares do mundo um pouco da sabedoria e do universo encantado da floresta e despertando os valores mais profundos do ser humano aos sedentos habitantes deste mundo atômico, civilizado, intoxicado pela sua vazia, individualista e excludente sociedade de consumo, com suas alucinações virtuais e tecnológicas.

Resta-nos saber quem de fato está delirando aqui. Se são esses valorosos homens brasileiros, que valorizam o que temos de melhor, que ensinam o respeito à nossa cultura, aos saberes do nosso povo, que mais do que ninguém afirmam os mais nobres valores cristãos, começando por amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e que, pelo testemunho de suas vidas, apresentam alternativas de sobrevivência utilizando os recursos disponíveis na floresta a uma camada sofrida povo brasileiro... ou será que os “delírios” e as “alucinações” vem da parte desses cavalheiros, como o jornalista pseudobrasileiro que, de terreno europeu, desfere ataques aos nossos costumes, que chama nossas tradições de crendices e superstições, que classifica nossas plantas sagradas como drogas alucinógenas e nossos gurus de ignorantes, que exalta os valores de um modelo de sociedade mórbida, opressora, excludente e autodestrutiva, que acredita, nessas alturas dos acontecimentos, que Londres está no centro do mundo e nós na periferia, e que ainda faz uma comparação do Santo Daime, autêntica religião brasileira, com o Vodu “que acabou se infiltrando no poder no Haiti”. Amigos leitores, avaliem: quem é que está delirando? Quem é que está tendo alucinações?

Irmãos, compatriotas, aqueles que guardam algum sentimento nacionalista dentro do peito, conclamo todos a ouvir o sinal de alerta! Unimo-nos em defesa da nossa cultura, dos nossos costumes, das nossas tradições!

Até quando vamos manter a postura de colônia e deixar com que pessoas, defendendo interesses estrangeiros, pisem e desprezem os nossos valores? Que ditem o que é bom para nós?

Até quando vamos deixar com que continuem oprimindo o nosso povo, nossa cultura? Massacrando e pilhando nossos recursos naturais? Chamando nossos pajés e xamãs de tolos ignorantes?

Até quando vamos ficar calados assistindo ao Big Brother? Até quando vamos engolir isso?

Levantem-se brasileiros! Vamos fortalecer nossos laços culturais, buscar nossas raízes! Vamos defender nossas heranças, cuidar do nosso território! Do contrário, em pouco tempo, aqueles que quiserem fazer o uso da Ayahuasca aqui no Brasil terão que pedir licença a uma dessas multinacionais farmacêuticas, a exemplo do que já acontece com diversas outras substâncias presentes na flora da Amazônia e de outros ecossistemas brasileiros.

Ou será que estou “delirando”...



Gabriel de Mendonça Domingues

Pesquisador do Instituto de Estudos da Cultura Amazônica - IECAM

segunda-feira, 8 de março de 2010

URGENTE - vacina contra gripe suína pode adoecer em vez de prevenir‏


VACINA CONTRA GRIPE SUÍNA PODE SER UMA FRAUDE





Médica espanhola e jornalista austríaca denunciam a multinacional farmacêutica americana Baxter por distribuir grande quantidade de "vacinas" contaminadas pelo mundo.


O que deveria imunizar a população, na verdade, pode ter o efeito de enfraquecer o organismo daqueles que se submeterem à aplicação deste material. Elas descartam a possibilidade de um simples "erro", por diversos fatores que descobriram em suas investigações, e que esclarecem ao público em seus depoimentos.






Antes de decidir tomar, ou não, a vacina contra o "Influenza A" (gripe suína), é importante ler ou assistir ao material distribuído pela internet em que estas duas mulheres revelam suas escandalosas descobertas.




Primeiro, os vídeos da monja beneditina e médica Teresa Forcades, graduada em Medicina Interna e doutorada em Saúde Pública pela Universidade de Barcelona, a respeito da falsidade e malignidade da tal “vacina”. Em seguida, o vídeo da jornalista austríaco-irlandesa, Jane Bürgermeister, que foi a primeira pessoa a descobrir o crime que havia por trás, não só da gripe, como da obrigatoriedade de se tomar a tal vacina. Vejam seu site, onde há notícias traduzidas para diversos idiomas:





- http://www.theflucase.com/index.php?option=com_content&view=article&id=620&lang=en#portuguese





As duas abordam o mesmo tema mas com visões complementares: o enfoque da monja é mais técnico-científico, embora numa linguagem claríssima, e a jornalista aborda a questão do ponto de vista político, o que torna as duas séries de vídeo importantíssimas porque nos apresenta uma visão completa do que pode ser um crime mundial em andamento, já em execução em alguns países.


Todas essas descobertas começaram quando Jane tomou conhecimento de que a indústria farmacêutica Baxter Internacional enviou no começo deste ano material para as vacinas contaminado com vírus vivos da gripe aviar para laboratórios de 18 países. Quando o lote de 72 kilos da vacina (milhares de doses) chegou à República Tcheca, um dos técnicos do laboratório resolveu testá-la por conta própria – o que não era esperado – e todas as cobaias testadas morreram em seguida. Imediatamente, ele fez uma análise das vacinas e descobriu-se que as mesmas continham vírus vivo, o que as tornaria um material muito perigoso ao organismo, em vez de prevenir a doença.


De posse desta informação, Jane enviou notas alertando tanto o laboratório Baxter, quanto a jornais e revistas especializadas em medicina, à OMS (Organização Mundial de Saúde), à ONU e o resultado que obteve foi o silêncio mais sepulcral e a perda do emprego. Daí ela partiu para pesquisar porquê a OMS, em um espaço de apenas 3 meses e com pouquíssimos casos registrados (sabe-se que hoje há próximo de 3.000 casos no mundo todo, com pouco mais de 137 óbitos), já declarava a gripe porcina (suína) como uma “pandemia”. Doenças que levavam esta classificação antigamente, tinham dizimado milhares de pessoas, como a Peste Negra, a Gripe Asiática e a própria AIDS, embora a OMS nunca a tenha classificado como tal.


Então a jornalista encontrou uma possível resposta: até o ano passado, a OMS tinha uma classificação das doenças que (ainda) vão de 1 a 6, sendo que para as classificadas até o nível 5, esta organização faz apenas “recomendações” e “orientações”, enquanto que no nível 6, que estabelece a pandemia, ela emite pareceres ordenando procedimentos aos países para que estes cumpram sem qualquer discussão ou argumentação. Além disso, os laboratórios conseguiram da OMS um livramento de responsabilidade, caso as vacinas levem ao óbito ou provoquem doenças graves no sistema neurológico que deixem a pessoa com incapacidade permanente.





MONJA TERESA FORCADES



http://www.youtube.com/watch?v=1YQJL3Zyk2k


http://www.youtube.com/watch?v=tuWzyXZaqdc
http://www.youtube.com/watch?v=R6F9xuuxq5A


http://www.youtube.com/watch?v=TaB-P_BhIMk
http://www.youtube.com/watch?v=n09H8zYb3FM


http://www.youtube.com/watch?v=nI5LSDZdrP0



JANE BURGERMEISTER


http://www.youtube.com/watch?v=DiELv7lmtT0


http://www.youtube.com/watch?v=kf8AzCrR-RE
http://www.youtube.com/watch?v=H1rimu2r92o


http://www.youtube.com/watch?v=4VX6kmDHugc
http://www.youtube.com/watch?v=-k_2qA4KdV8


http://www.youtube.com/watch?v=1rBiLs3nqEk






A vacinação em massa está programada para o o mês de março, e deverá ser tripla.

A jornalista Jane Burgermeister, protocolou um processo contra a ONU (Organização Mundial da Saúde) acusando-os de tentativa de assassinato em massa das populações do planeta através de vacinação compulsória, cuja vacina está cheia de agentes altamente letais e tóxicos, e a Novartis também, por genocídio e lucro com a venda de uma vacina que nem testada foi. Detalhe: a gripe "apareceu" no México, curiosamente, uma das fábricas da Novartis, fica á 50 km de onde o primeiro foco começou.





Os profissionais da área de saúde, principalmente os de mais baixo escalão, certamente vão repetir as informações que recebem dos laboratórios, portanto, não servem como fonte de informação confiável. É importante que as pessoas façam suas próprias pesquisas, e levem o material aos seus médicos.





O Governo britânico alerta que a vacina da gripe pode provocar paralisia e insuficiência respiratória, levando mesmo à morte. O Executivo do Reino Unido, através da Agência de Protecção de Saúde, entidade responsável pela supervisão da saúde pública, enviou um documento secreto a 600 neurologistas a exigir saber por que razão não foram divulgadas as possíveis consequência da vacina da gripe A, avança o "Correio da Manhã".


A carta, enviada no passado dia 29 de Julho, revela que a vacina da gripe A pode provocar uma doença neurológica grave, a síndrome Guillain-Barré, que causa paralisia, insuficiência respiratória e pode levar à morte. O documento cita o exemplo de uma vacina semelhante nos Estados Unidos, em 1976, que causou mais mortes do que a gripe.



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COMO EVITAR A GRIPE SUÍNA


Por Dr. Marcio Bontempo, Médico Sanitarista



Press release: O médico Marcio Bontempo (CRM-DF 15458), especialista em Saúde Pública e naturopata, alerta como as pessoas adquirem a gripe suína (Influenza A – H1N1) e mostra como preveni-la através da alimentação, de produtos naturais e biológicos e dá outras dicas, além dos procedimentos de praxe.


Além das recomendações das autoridades sanitárias, como lavar as mãos com frequência, etc., existem providências que devem ser lembradas, ou conhecidas que, infelizmente, não fazem parte dos cuidados necessários, sendo que, muitos deles, são mais importantes do que as orientações oficiais.


Primeiramente, tanto profissionais de saúde quanto pessoas comuns, devem saber que é necessário atuar no sentido de se possuir um sistema imunológico bem forte. Percebo que absolutamente nada está se fazendo nessa direção, de uma forma que se espalha o terror de uma nova doença, mas não se tomam as providências necessárias para reforçar o mecanismo de defesa do organismo da população, permitindo assim que todos estejam expostos à virose em questão.


Por que as pessoas adquirem mesmo a gripe comum e o que fazer para fortalecer as defesas? Para começar, é necessário saber O QUE ENFRAQUECE o nosso sistema imunológico, e isso não é divulgado (ou sabido?) pelas autoridades sanitárias.




Sabe-se, cientificamente, que todos os vírus se beneficiam e se desenvolvem mais facilmente em ambientes orgânicos mais ácidos e, obviamente, quando o sistema imunológico está enfraquecido. E o que faz com que nosso ambiente sanguíneo fique mais ácido e o que diminui a força das nossas defesas? São os alimentos industrializados que tendem a criar e a manter um ambiente sanguíneo mais ácido.


Os principais são:



Açúcar branco – produz ácido carbônico em quantidade proporcional à quantidade ingerida, seja ele puro ou presente em doces, refrigerantes, bolos, tortas, guloseimas, etc. O uso regular de grandes quantidades de açúcar branco produz perda de cálcio e magnésio (e muitos microminerais), o que afeta sobremaneira de modo crônico e constante o nosso sistema imunológico. Deve ser substituido pelo açúcar mascavo orgânico, mel, etc.



Carnes vermelhas e embutidos – Produz diversos ácidos e reações ácidas, como ácido oxálico, ácido úrico, além de toxinas redutoras da
imunidade como cadaverina, putrescina, indol, escatol, fenol, etc. Como fonte de proteínas, dar preferência a peixes e proteínas vegetais, frutas oleaginosas, leguminosas, subprodutos da soja, etc.



Leite e derivados – Principalmente o leite de vaca, rico em caseína (indigesto), produz incremento do ácido lático e gera mucosidades em excesso, enfraquecimento das defesas orgânicas, expondo os seus consumidores, não só à gripe, mas a muitos outros problemas.
Substituir por leite de soja pronto ou caseiro (evitar o leite de soja instantâneo, em pó). Como fonte de cálcio, preferir as verduras e os feijões.



Farinhas brancas – O pão branco e as farinhas de trigo brancas, não integrais, são fermentativas e produzem mucosidades, além de serem pobres em proteínas, vitaminas e minerais essenciais. Seu uso constante enfraquece o organismo.




Frituras, comidas em saquinhos (chips), guloseimas, fast food – Hoje consumidos em grande quantidade por crianças e adolescentes, responsáveis por grandes desequilíbrios orgânicos e muitas doenças, como diabetes, obesidade, pressão alta, etc. O seu consumo regular, associado ao açúcar branco, determina um constante estado de acidificação do sangue e depósito de compostos prejudiciais.



Álcool – Em pequenas quantidades (vinho, etc.) pode até ajudar, mas em excesso produz reações ácidas.



Recomenda-se, portanto, evitar estes alimentos substituindo-os, sendo que esta abstenção já significa um grande passo para a prevenção de qualquer gripe e de muitas doenças.




Alimentos recomendados para aumentar as defesas orgânicas.


Há alimentos particularmente úteis para reforçar a nossa imunidade, tais como o arroz integral, os subprodutos da soja (tofu, leite de soja líquido, misso), a aveia (rica em beta-glucana, um grande estimulador do mecanismo de defesa), o inhame, as verduras em geral, frutas frescas, a semente de linhaça, o gengibre, o alho, a cebola e outros.




Outros fatores que reduzem a imunidade



Estresse – um dos piores inimigos, pois reduz a ação das células de defesa, principalmente os linfócitos que combatem os vírus, elevando os níveis de adrenalina e cortisol, um imunodepressor. O estresse é provocado pela vida agitada, os problemas diários, as preocupações excessivas, o excesso de trabalho ou estudos, etc.


Vida sedentária – Com ela os radicais ácidos se acumulam nos músculos e nos demais tecidos, reduzindo o pH do corpo e favorecendo as doenças virais e bacterianas.


Ar condicionado – Deve ser evitado a todo custo, pois desidrata o ar, ressecando as mucosas e produzindo desequilíbrio térmico no organismo. Faz muito mal.


Hábitos perniciosos – Tabagismo, alcoolismo, drogas, excesso de remédios farmacológicos, etc.., são, decididamente, fatores que reduzem a capacidade de defesa do organismo.


Certamente que muitas mudanças propostas são sacrificantes, mas tudo é uma questão de ajuste e adaptação, sendo que, os resultados são altamente benéficos, não só em relação à gripe suina, mas à saúde em geral.


Dicas da medicina natural, ortmolecular e homeopatia para a prevenção (e tratamento) da gripe suína. Além das medidas anteriores, cientificamente sugere-se o seguinte:



Alho



O alho é rico em alicina, uma substância ativa que possui ação antiviral reconhecida, além de mais d euma dezena de outros componentes imunoentimulantes. Basta ingerir diariamente 3 a 5 dentes de alho cru picado, com os alimentos ou engolidos com água ou suco. Há o inconveniente do hálito, mas é passageiro, e mais vale a boa saúde do que o comentário alheio. Existem também suplementos à base de alho que não exalam odor, mas são caros. O óleo de alho em cápsula ou o alho em comprimidos não produzem o mesmo efeito do alho cru. O alho também é útil para evitar ou tratar uma grande quantidade de doenças. O problema do alho para crianças é a dificuldade para ingerir, mas com habilidade tudo é possível.



Própolis



A própolis é reconhecida cientificamente como um antibiótico natural, incluindo uma forte ação antiviral, tanto em situações de infecção quanto como para prevenção. Foram reconhecidos mais de 100 princípios medicinais ativos da própolis. Deve-se usar o extrato alcoólico de própolis a 30%, na quantidade de 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, em meio copo de água. Para crianças pequenas, metade da dose (lactentes e bebês, seguir orientação do pediatra). Pode-se colocar um pouco de mel para adoçar e reduzir o sabor e efeito da própolis na boca.


Chá de gengibre



O gengibre é um alimento funcional reconhecido hoje cientificamente por seus poderosos princípios ativos. Foram isolados cerca de 25 substâncias, entre elas as famosas
gengiberáceas, de grande ação estimulante do sistema de defesa do organismo e ação antiviral. Basta beber chá de gengibre fresco, forte, uma xícara 3 vezes ao dia, morno ou quente e sem adoçar.



Equilíbrio nervoso neurovegetativo



O organismo e as células de defesa são regidos pela ação do sistema nervoso autônomo, representado pelos sistemas simpático e parassimpático; o primeiro é responsável pela produção granulócitos (de pouca ação viral e mais bactericida) e o segundo de linfócitos (de ação antiviral direta). Devido à agitação da vida moderna e ao estresse, as pessoas apresentam um excesso de atividade do sistema simpático (que produz adrenalina, cortisol, etc., todos imunodepressores), com maior quantidade de granulócitos do que linfócitos, o que abre o caminho para viroses. É devido a isso que muitas pessoas adquirem uma gripe depois de um impacto emocional, notícia ruim, desavenças, tristezas, etc. É necessário proceder à redução da atividade simpática (redução do estresse,etc.) e promover maior estímulo parassimpático. Isso se consegue com mais repouso, menos agitação e preocupações, atividade física moderada, respiração profunda, alimentação natural integral, massagens terapêuticas, saunas, banhos quentes (tipo ofurô, banheiras, etc). Importante é evitar a friagem e manter o corpo aquecido, principalmente as extremidades.


Saquinho com cânfora – uma grande dica


Durante a gripe espanhola no começo do século passado, milhões de pessoas morreram, mas aqueles que lidavam com os doentes raramente contraiam o vírus. É que havia uma orientação para que o pessoal de serviço, médicos, enfermeiros, etc. usasse um saquinho de gaze com pedras de cânfora pendurados no pescoço. As emanações voláteis da cânfora esterilizam o ar em sua volte e protegem as mucosas. Então, aconselha-se a fazer o mesmo. Basta adquirir a cânfora na farmácia comum (algumas pedrinhas bastam), confeccionar uma bolsinha de gaze e pendurar no pescoço, podendo inclusive manter por dentro do vestiário, sem necessidade de deixar à mostra (se bem que o ideal é manter do lado de fora). Deve ser usado constantemente durante o contato com as pessoas. É uma boa dica para quem lida com pessoas ou trabalha em ambiente de aglomeração, etc.



Fórmula homeopática



A homeopatia, diferentemente da medicina farmacológica, atua estimulando a capacidade orgânica. Há uma fórmula homeopática para a preveção, tando da Influenza A (H1N1), quanto de qualquer outro tipo de gripe. É a seguinte:
Para a prevenção, tanto para adultos quanto para crianças:
Aviarium 200 CH……………………..30 ml
Influenzinum 200 CH……………….30 ml
Álcool a 20%
Tomar 10 gotas, de preferência diretamente na boca, uma vez por semana, cada semana um, alternados. Para crianças muito pequenas, dar apenas 5 gotas em um pouco de água numa colher.



Para tratamento em caso de gripe (qualquer que seja):



Aconitum napellus 3 CH
Antimonium tartaricum 3CH
Allium cepa 3 CH
Bryonia alba 3 CH
Belladonna 5 CH
Gelsemium 5 CH
Fazer 30 ml, em partes iguais (pedir : ãã)
Álcool a 20%.



Tomar 10 gotas (direto na boca ou em água para crianças) a cada meia hora em caso de sintomas de qualquer gripe, até melhorar bem.



Estes remédios podem ser adquiridos nas boas farmácias homeopáticas, e não fazem mal algum ou produzem efeitos colaterais. Se necessário, procurar um médico homeopata para a confecção de uma receita.



Atividade física, sol e ar livre



Sempre importante em qualquer aspecto para uma saúde melhor.



Suplementos



A medicina ortomolecular e a fototerapia preconizam o uso de dois suplementos:
Vitamina C – Recomenda-se o uso de 500 mg de vitamina C (ácido
l-ascórbico) orgânica de uma a duas vezes ao dia, para reforçar as defesas. Crianças pequenas, metade da dose ou sob orientação pediátrica.



Cogumelo do Sol – Eleva a imunidade por ser rico em substâncias imunomoduladoras, como a beta-glucana. Adultos devem tomar 2 cápsulas de 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, tanto como preventivo quanto para tratamento. Crianças pequenas, tomar metade da dose. No caso de dificuldade de encontrar o cogumelo do sol, procurar comer cogumelos, tipo champignon, shitake, shimeji, funghi, etc.



Minerais e microminerais – Com a acidificação constante do sangue devido á alimentação industrializada moderna, aliada ao estresse, perdem-se muitos minerais e microminerais que não são repostos pela dieta, haja vista o o fato de que os alimentos modernos estão empobrecidos em termos de minerais (solo naturalmente pobre, uso de adubos, agrotóxicos, manipulação industrial, congelamento, microondas, etc.).
Certamente que essa condição afeta a imunidade. É necessário atualmente repor estes nutrientes de modo a manter as defesas orgânicas, mas não é qualquer suplemento que serve.. Recomenda-se utilizar os concentrados biominerais marinhos, principalmente aqueles extraidos da poderosa alga Lithothâmnium, que possui acima de 50 minerais e microminerais orgânicos, de alta assimilação pelas células.


Frutas em geral – As frutas, principalmente as cítricas, ajudam a alcalinizar o sangue e são ricas em minerais e vitaminas, favorecendo a saúde e protegendo o organismo. Pessoas que consomem poucas frutas estão muito mais sujeitas, não só às viroses, quanto a qualquer outra enfermidade.


Estas orientações servem tanto para a prevenção quanto para serem utilizadas em casos de pessoas que contraíram qualquer tipo de gripe. Além do mais, estes procedimentos nos deixam seguros e tranqüilos em relação ao grande terror de se contrair,
tanto a Influenza A quanto quaisquer outras doenças virais.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Operação Irregular Despeja Família indígena da etnia Tenetehara em Niterói


Operação Irregular Despeja Família em Niterói


Murilo Marques Filho
kararao@gmail.com





Na última quinta-feira, dia 25/02/2010, no loteamento Maravista, em Itaipu (Niterói - RJ), uma família de índios Tenetehara - Pajé, esposa e sete crianças entre 2 e 14 anos - foi despejada na chuva, na lama, sem tempo suficiente sequer para recolher todos os seus pertences (a ação está gravada em vídeo).



Uma mega-operação foi formada – que contou com representantes municipais da Secretaria de Obras, Meio Ambiente, Assistência Social, Conselho Tutelar, Fiscalização, Controle Urbano e apoio da Guarda Municipal, Polícia Civil e Polícia Militar, somando mais de 50 pessoas – para derrubar uma simples casa de barro e taboca (taquara); a ação foi comandada pessoalmente pelo Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói, José Antonio Fernandes (Zaff), que teve o seu deboche registrado em vídeo, além de haver alegado diante de dezenas de testemunhas (para justificar a operação) que: “Índio em Niterói só o Araribóia!”



O jornal O Globo – Niterói que tinha conhecimento total da operação, assim como conhecimento prévio da intenção da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de agir contra os indígenas, não enviou nenhuma equipe ao local com a possível intenção de preservar a imagem do secretário Zaff – um político que certamente não quer ser visto pela opinião pública como racista nem algoz de crianças indígenas – ou, numa hipótese pior ainda, para não testemunhar possíveis truculências, em um caso flagrante de omissão profissional. Uma viatura da Polícia Civil estacionou na entrada do terreno e policiais desceram em direção da casa cerca de cinco ou dez minutos antes da chegada dos agentes municipais, mas ao verem uma câmera de vídeo retornaram ao carro (o que faz crer que, com a ausência de uma câmera para testemunhar, a ação poderia ter sido mais severa).



Sob a justificativa de que se tratava de área de preservação ambiental, não houve notificação prévia do despejo, pegando todos de surpresa em um dia de muita chuva e lama. A casa, construída dentro de um loteamento reconhecido pela própria prefeitura (ver mapa em anexo), em terreno comprado com dinheiro próprio, foi derrubada logo em seguida, sem nenhuma chance de conversação.



Os agentes públicos já entraram na propriedade dizendo ao Pajé Shimon Tenetehara que arrumasse “suas coisas”, pois teria que sair imediatamente e “decidir logo” se iria com a família “para um abrigo ou de volta para o Maranhão”. Diziam ao Pajé, entre outras coisas, que é difícil arrumar matricula nos colégios públicos da cidade e que os seus filhos “tomam as vagas de crianças de Niterói”.



Um dos agentes municipais que coordenavam a operação se recusou a falar – por celular - com o advogado da família, Arão da Providência, da Comissão de Direitos Humanos da OAB - que se encontrava preso em um engarrafamento na Ponte Rio Niterói, se dirigindo para o local com a escritura do terreno e o mapa do loteamento – mandando derrubar a construção imediatamente. Alegaram que uma árvore havia sido cortada pelos indígenas, o que caracterizaria crime ambiental, mas registros em vídeo feitos no terreno antes mesmo da chegada da família Tenetehara (e durante todo o processo de construção da casa) provam que o local era um antigo campo de futebol tomado por um capinzal – não havendo árvores a serem cortadas.



Diante da alegação de que - exatamente defronte ao local aonde os agentes estacionaram as viaturas - há um casarão de dois andares com cerca de 20 árvores cortadas no terreno (os tocos escandalosamente aparentes) e que a 50 metros da humilde casa Tenetehara há uma mansão de três andares construída sobre a pedra (o que é ilícito ambiental previsto pelo Sistema Nacional Único de Conservação) e habitada por norte-americanos, fica claro que a mega-operação da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói contra a habitação indígena se caracteriza como um nítido exemplo de racismo e perseguição contra os índios brasileiros, os servidores municipais se calaram e seguiram no seu trabalho de coação e destruição.



Enquanto a casa era derrubada, membros do Conselho Tutelar afirmaram com cinismo terrorista que era preciso “levar as crianças”, pois estariam “expostos em situação de risco sob a chuva” (as crianças, todas matriculadas em escolas públicas da região estavam bem, felizes e protegidas da chuva e sob o amparo e o aconchego familiar momentos antes da operação que derrubou o seu lar – como provam as imagens em vídeo). A tortura psicológica cruel e desnecessária - imposta por puro sadismo, como um tormento a mais - só cessou quando chegaram os parentes de Shimon Tenetehara que vivem no Rio de Janeiro, entre eles um advogado.



A esposa do Pajé, Maria, que teve pertences destruídos, passou mal durante a operação, desmaiando e ficando caída no chão. Nenhum dos cerca de 50 servidores e representantes municipais, tão ciosos em aterrorizar a senhora, que sofre com a pressão alta, fez a mínima menção de socorrê-la ou de chamar uma ambulância. As crianças choravam em desespero sob a indiferença dos agentes.



Durante a ação, o taxista Marcos Miranda teve o seu direito de ir e vir cerceado por um policial civil que o mandou parar, sendo impedido de aproximar seu carro do terreno, mesmo tendo declarado que estava fazendo um trabalho para o advogado Arão da Providência – só podendo subir a rua com a operação finalizada.



Agentes da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói já haviam estado no terreno na segunda-feira, dia 22/02, alegando que averiguavam uma denúncia de que haviam “cortado uma árvore” e expressaram a preocupação com a possibilidade do local se transformar em uma “favela indígena” (o que denota mais inquietação quanto aos danos na cotação da área no mercado imobiliário do que propriamente com a questão ambiental). No dia seguinte, representantes da família indígena foram à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói e conversaram com os fiscais que lá estiveram e esses disseram que não havia processo administrativo nem flagrante ambiental, afirmando que nada fariam contra a família que se encontrava no local.



Na ocasião, os representantes Tenetehara – proprietários do terreno – manifestaram o interesse de apresentar ao secretário Zaff um Plano de Manejo Sustentável, projeto que daria destinação à propriedade, aprovado pelas populações tradicionais de Niterói e pelo Fórum Estadual Intersetorial “Voz aos Povos: Quilombolas, Assentados e Acampados Rurais, Indígenas e Pescadores Artesanais”, entre outros fóruns e conselhos. Ficou marcada uma reunião com o secretário Zaff para ontem, dia 26/02, às 11 horas da manhã, o que indica que esse atropelo de agenda feito pela secretaria – em ação, marcada pela total ausência de contraditório e pelo desrespeito à dignidade humana, sobre uma área na qual não havia processo administrativo até o dia 23/02 – pode ser interpretada como fruto de decisão pessoal de José Carlos Fernandes, o Zaff , que não quer saber de projeto de manejo sustentável, muito menos de famílias indígenas habitando em Niterói.



A atitude discriminatória e persecutória das autoridades municipais atingiu em cheio os moradores tradicionais da região que foram ameaçados de perder suas posses caso tentassem “ajudar os índios”. Uma família de ocupantes tradicionais, desprovida de recursos, teve a sua caixa d’água apreendida por ter dado apoio e solidariedade aos indígenas durante a operação de quinta-feira. Ontem, 26/02, agentes municipais foram à casa de uma vizinha solidária, moradora tradicional, e, coagindo a senhora – com uma atitude arrogante e debochada, rindo e fazendo piadas na casa dela -, retiraram pertences da família indígena que ela havia guardado para devolver e levaram para o Depósito Municipal.



O atual secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói - herdeiro da Expresso Barreto, uma das empresas de ônibus que mais desrespeitam o usuário no município - é bem conhecido pela sua ligação afetuosa com o mercado imobiliário. Quando vereador, Zaff não apenas demonstrou ser um ótimo amigo das empresas do ramo, como apresentou moção de congratulação à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói, a ADEMI, em 2007. Uma das realizações de Zaff quando edil foi a de conceder título de Cidadão Niteroiense ao seu bom camarada Stuessel Amora, um nome fortemente ligado à especulação imobiliária que promoveu campanha impiedosa e racista contra a presença de índios em Niterói em 2008, apresentando, inclusive – por meio da Soprecam, entidade da qual é eterno presidente -, uma liminar acatada pelo Juiz Luiz Clemente Pereira Filho, da Terceira Vara Federal, visando “impedir o aumento da população indígena em Camboinhas”.



Engana-se quem pensa que o Governo Jorge Roberto Silveira cometeu um equívoco ao escolher um personagem tão desvinculado ao ambientalismo como José Antonio Fernandes para a pasta de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. O prefeito – cujo ato final de seu último governo foi a aprovação do PUR (Plano Urbanístico Regional), que passava por cima de toda legislação ambiental e de proteção ao patrimônio histórico, prevendo edificações sobre áreas de proteção ambiental e sobre sítios arqueológicos da cidade – paga ao jovem herdeiro do setor de transportes a sua fidelidade ao setor imobiliário.



A ação covarde e racista promovida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos no loteamento coalhado de placas de “vende-se” (não é segredo para o poder público municipal que o terreno ao lado da casa do Pajé está sendo vendido com o “habite-se” incluído, o que significará uma derrubada considerável de árvores), sob a alegação de se tratar de uma “área de proteção ambiental”, demonstra uma clara preocupação de que a área desvalorize com o possível surgimento de “uma favela indígena” - segundo a expressão cunhada por Stuessel Amora - e nenhuma preocupação com o meio ambiente em si.



O único crime que os Tenetehara desalojados em Maravista cometeram foi o de serem pobres – indígenas – e de construírem uma humilde casinha de taquara; o único “ilícito” cometido pelo Pajé Shimon Tenetehara foi o de ser indígena e ocupar – legalmente – uma área cobiçada pela especulação imobiliária.



A dor e a impotência do casal indígena e o terror experimentado pelas suas crianças ficarão gravados na carne. Dinheiro algum pagará por esse dano. Graças à imagem em movimento – e à invenção da câmera digital - esse terror ficará para sempre marcado na carreira política do senhor Zaff, junto ao seu desprezo pelas populações pobres e marginalizadas, o seu racismo, a sua desfaçatez, a sua total ausência de compaixão, a sua covardia. O Governo Jorge Roberto Silveira tenta imprimir – a ferro e fogo – a imagem de que a Região Oceânica de Niterói não é “Terra de Índio” e, sim, uma Mônaco tropical, cafona e de cunho privado, destinada a novos burgueses e bem-nascidos. Mas a verdade luminosa que o Brasil inteiro é – por direito ancestral – berço e morada legítima dos Povos Originários – e de seus descendentes – para sempre resplandecerá nessa terra.





Por favor, repassem.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

UM BRASIL QUE A GENTE NÃO CONHECE!!


Relato de um doutorando da UNICAMP
Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima.Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um
Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR)
não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho
visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde
engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é
roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é
de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem
gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense,
maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com
a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência,
ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo
mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos
federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é
claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha
no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.


Nãoexiste indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do
Território roraimense é demarcado como reserva indígena,
terras portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e
as improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou
para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa
Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de
aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari)
por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da
tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos
índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para
que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é
livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de
território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra
sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você
não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos
então você pode entrar. A maioria dos índios fala a
língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria
não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de
algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras
americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui
americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que
veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no
final das contas pasme, se você quiser montar um empresa
para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu,
açaí camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais
para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar
'royalties' para empresas japonesas e americanas que
já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia....

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais
relatos: E os americanos vão acabar tomando a Amazônia e
em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.
Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia
suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui
já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar
nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra
aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no
Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde
iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o
conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas
demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode
levar os americanos a alegarem que estarão libertando os
povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já
estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem
próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o
governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o
narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de
distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas
fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e
Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada,
principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso
pode causar um incidente diplomático). ... Dizem que tem
muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na
Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana
por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto
proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma,
porque as terras indígenas além das riquezas animais e
vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em
ouro encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em
quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas
reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.
Parece que as pessoas contam essas coisas como que num
grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse
dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que
vá fazer alguma coisa. É pessoal, saio daqui com a quase
certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Um grande abraço a todos. Será que podemos fazer alguma
coisa???
Acho que sim.

Fonte: Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol.
Bioag.

Repasse essa informação a todos que conhece,não vamos deixar eles roubarem nossa floresta,nossas riquezas!!!

ahôoooooooooooo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CRISE CAPITALISTA?


Em tempos de crise econômica internacional é interessante refletir sobre o que seria mesmo essa crise:

O que é mesmo uma crise capitalista?

Desde logo, vejamos o que não é uma crise capitalista:

Haver 950 milhões de famintos em todo o mundo não é uma crise capitalista.

Haver 4,75 bilhões de pobres no mundo não é uma crise capitalista.

Haver 1 bilhão de desempregados espalhados por todo o mundo não é uma
crise capitalista.

Haver mais de 50% da população mundial no subemprego ou que trabalhe
em condições precárias não é uma crise capitalista.

Haver 45% da população mundial sem a acesso direto à água potável não
é uma crise capitalista.

Haver 3 bilhões de pessoas sem saneamento básico não é uma crise capitalista.

Haver 113 milhões de crianças sem acesso à educação e 875 milhões de
adultos analfabetos não é uma crise capitalista.

Morrerem 12 milhões de crianças todos os anos por doenças que são
perfeitamente curáveis não é uma crise capitalista.

Morrerem 13 milhões de pessoas a cada ano por causa da deterioração
dos ambientes naturais e por mudanças climáticas não é uma crise
capitalista.

Haver 16.306 espécies em vias de extinção, das quais 25% são mamíferos
não é uma crise capitalista.

Tudo isto, como se sabe, já havia antes, e não gerou nenhuma crise capitalista.

Pode ser tudo, mas não é, segundo os economistas de mercado e
"especialistas" na matéria, uma crise capitalista.

O que é, então, uma crise capitalista? Ou, dito por outras palavras,
quando é que começa a sentir-se uma crise capitalista?

A crise capitalista aparece quando os lucros esperados, e que são o
fim e a razão de ser das empresas capitalistas, não são alcançados. Aí
sim, quando os lucros já não são tão elevados como se esperava,
fala-se então de uma crise capitalista.

Ou seja, a crise capitalista surge quando os fatos associados aos
indicadores sócio-econômicos acima referidos sobre a fome, a pobreza,
o desemprego, a precariedade, a escassez de água potável e de apoio
sanitário, mostram que não são suficientemente maus e negativos para
garantir a rentabilidade dos investimentos e do capital dos poderosos
grupos e empresas multinacionais, pelo que a manutenção da
rentabilidade desses conglomerados empresariais exigirá ainda uma
maior degradação das condições sociais de vida das populações como
meio para garantir as tão almejadas taxas de lucro das grandes
empresas mundiais, que são quem verdadeiramente dominam o mundo,
segundo a lei que as governa, isto é, a maximização do lucro e a
capitalização dos ganhos.

Curiosamente, dizem os "donos" deste mundo que quem não pensa em
função da maximização dos lucros e da acumulação do capital, esses são
pessoas sonhadoras, irresponsáveis, líricas, idealistas, subversivos…

Mas, afinal, quem se mostra verdadeiramente fanatizado pelo
fundamentalismo do lucro e do capital, longe das realidades e das
necessidades das populações, quem tem sido responsável pelo
crescimento insustentável e desigualitário, quem se revela
completamente viciado na roleta desta economia de cassino como é o
capitalismo, são essas figuras pardas, cínicas e sombrias que nos
governam, exploram e oprimem.