quinta-feira, 9 de junho de 2011
S.O.S. BOMBEIROS RJ!! LIBERDADE PARA NOSSOS HERÓIS!
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
Povo Fluminense,
Os Bombeiros do Rio de Janeiro, profissionais trabalhadores, ordeiros e competentes, em respeito à população que sempre defenderam, por vezes com o sacrifício da própria vida, vem a público esclarecer o que tem ocorrido na Corporação e no Governo do Estado e o que levou companheiros e seus familiares a desafiarem os desmandos do Comandante Geral Cel Pedro Marco e do Governador Sérgio Cabral.
Como sabemos, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma corporação voltada para a preservação de vidas e proteção de Bens da população do Estado do Rio de Janeiro.
Ao longo da sua existência, o CBMERJ sempre se pautou pela hierarquia e disciplina e também pela credibilidade de seus serviços, estando ao lado da população Fluminense em todas as suas aflições e enfrentando com bravura as calamidades naturais que atingem o Estado. São inúmeras as vidas salvas e os bens preservados pelos profissionais do Corpo de Bombeiros, que a população chama carinhosamente de Heróis. Ao nos formarmos, juramos defender a população com o Sacrifício da nossa própria vida e assim temos feito ao longo desses 155 anos de existência.
A Corporação recolhe cadáveres, combate os mosquitos da dengue, atua nas UPAS, guarnece o sambódromo no carnaval e atua no Rock in Rio (sem remuneração extra, embora o evento seja cobrado ao público), além de exercer as suas funções de salvamentos e combate à incêndio, recebendo um dos PIORES SALÁRIOS pagos pela categoria no Brasil (tabela ao Final).
O reequipamento da Corporação não é mérito do Governador, mas sim da população do Estado do Rio de Janeiro que paga a taxa de incêndio e que,
ainda assim, não sabe que os recursos não são totalmente destinados à Corporação.
A Ira do Sr. Sérgio Cabral, com os Bombeiros, vem de 2009, quando foi vaiado pela Corporação durante o lançamento da Campanha ?Cultura Antidengue? No ginásio do Maracanãzinho e desde então tem discriminado os Bombeiros militares, seja nas gratificações (usando seu poder de discricionariedade) seja nas condições de trabalho (vocês viram alguma homenagem aos heróis que morreram na calamidade da Região Serrana?)
Agora, a população do Estado do Rio de Janeiro, assiste a sua Corporação de heróis ser aviltada e achincalhada pelas atitudes ditatoriais do Governador Sérgio Cabral que culminou com os manifestantes adentrando o Quartel Central da Corporação, no ultimo dia 03, para serem ouvidos pelo seu Comandante Geral, que omisso, serviu de ?pau mandado? do governador Sérgio Cabral e ignorou os clamores de sua Tropa, nem comparecendo ao local.
O Governador Sérgio Cabral, adotando os melhores recursos da DITADURA, mandou o BOPE invadir com tiros e bombas o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, ferindo militares honestos, mulheres e crianças indefesas. Atitude inadmissível em um Estado democrático de Direito!
Porque o Comandante Geral do CBMERJ, Cel Pedro Marco, não tomou as medidas necessárias para a retirada de seus militares do pátio do Quartel Central? Estavam todos desarmados e com seus familiares. Não era necessário o uso da força e sim do diálogo. Os Bombeiros são pacíficos por natureza.
O Governador nunca gostou da Corporação. Nomeou para Secretário o Ex médico do CBMERJ Sérgio Côrtes, um homem que deixou a Corporação por não concordar com os baixos salários e a carga de trabalho excessiva e agora nada faz para ajudar a Corporação, apenas integra os desmandos administrativos e superfaturados do Governo do Estado na área da saúde.
Assistimos perplexos ao Comandante Geral da PMERJ usurpar o Comando do CBMERJ e se dirigir, dentro do quartel dos Bombeiros, à tropa de
profissionais honestos como se bandidos fossem.
Nossos militares foram presos e conduzidos aos quartéis da PMERJ como criminosos apenas por reivindicar dignidade profissional!
Se nossos companheiros erraram ao ADENTRAR a SUA SEGUNDA MORADA, o Governador foi CRIMINOSO e DITATORIAL ao ordenar a invasão do Quartel Central dos Bombeiros pelo BOPE com uso de FORÇA, TIROS E BOMBAS, como se ali fosse uma antro de criminosos e não de profissionais que arriscam a sua vida pela população, CAUSANDO FERIMENTO EM MULHERES E CRIANÇAS e obrigando a nossos companheiros ao confronto.
AJUDEM AQUELES QUE SEMPRE O SOCORRERAM!!!
NUNCA DEIXAMOS DE ATENDER E SOCORRER A POPULAÇÃO!
MOSTRE A SUA INDIGNAÇÃO POR ESSE ATO VIOLENTO E DITATORIAL DO GOVERNADOR
SERGIO CABRAL!!!
MOSTRE O SEU APOIO AOS BOMBEIROS!
ENVIEM ESSA CARTA PARA TODOS OS SEUS AMIGOS.
ACOMPANHEM E APOIEM O NOSSO MOVIMENTO PELO SITE
www.sosguardavidas.com
SALÁRIOS BRUTOS NO BRASIL:
01º - Brasília - R$ 4.129.73
02º - Sergipe ? R$ 3.012.00
03º - Goiás ? R$ 2.722.00
04º - Mato Grosso do Sul ? R$ 2.176.00
05º ? São Paulo ? R$ 2.170.00
06º ? Paraná ? R$ 2.128,00 1
07º - Amapá ? R$ 2.070.00
08º ? Minas Gerais - R$ 2.041.00
09º - Maranhão? R$ 2.037.39
S
10º ? Bahia ? inicial - R$ 1.927.00
11º - Alagoas - R$ 1.818.56
12º - Rio Grande do Norte ? R$ 1.815.00
13º - Espírito Santo ? R$ 1.801.14
14º - Mato Grosso ? R$ 1.779.00
15º - Santa Catarina ? R$ 1.600.00
16º - Tocantins ? R$ 1.572.00
17º - Amazonas ? R$ 1.546.00
18º - Ceará ? R$ 1.529,00
19º - Roraima ? R$ 1.526.91
20º - Piauí ? R$ 1.372.00
21º - Pernambuco ? R$ 1.331.00
22º - Acre ? R$ 1.299.81
23º - Paraíba ? R$ 1.297.88
24º - Rondônia ? R$ 1.251.00
25º - Pará ? R$ 1.215,00
26º - Rio Grande do Sul ? R$ 1.172.00
27º - Rio de Janeiro - R$ 1.031,38 (SEM VALE TRANSPORTE)
O RIO DE JANEIRO é o Estado que mais recebe investimentos no Brasil, é o 2º
que mais arrecada impostos. Pretende Sediar o Rock in Rio, as Olimpíadas
militares, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
Há algo de errado e Podre no Governo do Exmo Sr Governador Sérgio Cabral
Filho!!!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
UM LUTO SEM FIM!
O dia 24 de maio de 2011 deverá ser lembrado para sempre na história do Brasil. Infelizmente, não como uma data especial, de conquistas para o futuro democrático e mais igualitário do país. Pelo contrário. A memória e os livros de história deverão sempre remeter a esta fatídica terça-feira como um momento de luto absoluto. Afinal, se, pela manhã, a pátria tupiniquim conheceu o seu mais novo Chico Mendes com os brutais assassinatos do ativista ambiental e coletor de castanha, José Cláudio Ribeiro da Silva, e de sua mulher, Maria do Espírito Santo da Silva, à noite foi a vez do conforto da Câmara dos Deputados votar a favor da destruição da floresta embrulhada sob a forma de relatório do neoruralista Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
Hoje cedo, uma emboscada tirou a vida de um dos principais defensores da Floresta Amazônica. Zé Claudio, como era conhecido, voltava para casa com sua mulher no Pará. Tal Chico Mendes, ele também denunciava o corte ilegal de madeira e recebia inúmeras ameaças de morte. O governo nunca ligou, a polícia tampouco. Nesta terça, sua morte foi capa do britânico The Guardian, que relatou a luta ao mesmo tempo silenciosa (ao menos para a imensa maioria da população nacional) e em alto e bom som deste homem que tinha um único interesse: proteger o que o ser humano, por natureza, não tem o direito de destruir.
De noite, a milhares quilômetros do Pará, outro crime contra a humanidade foi praticado, este amplamente noticiado em tempo real pelos veículos de comunicação e membros da sociedade civil: a aprovação acachapante da reforma desleal de uma das legislações ambientais mais rigorosas e importantes de todo o planeta. Em Brasília, no Congresso Nacional, após uma sucessão de guerras verbais, bravatas e confusões nas últimas semanas, 410 deputados federais disseram sim ao projeto da bancada ruralista, que não beneficia a ninguém – a não ser a eles próprios e seus pares, senhores do agronegócio. Os pequenos produtores, o MST, a Via Campesina, até a Contag, estes são contra, assim como bravos 63 deputados.
O retrato do que aconteceu nesta terça-feira é simples e todos conhecem: Cândido Vaccarezza, líder do governo, e Paulo Teixeira, líder do PT, disseram que não concordavam com relatório do Aldo, mas confirmaram que o partido da presidente votaria a favor do relatório (vergonha moral, diga-se de passagem); a tentativa firme, embora frustrada, do PSOL e do PV de anular a votação; o apoio quase em uníssono para o fim da Reserva Legal em propriedades com até quatro módulos fiscais e a anistia a desmatadores (o que ainda pode mudar, pois a emenda 164, que passa aos estados a responsabilidade de definir ocupação consolidada em Áreas de Preservação Permanente, será votada – e o PT afirma que será contrário. Mas, a esta altura do campeonato e com tantas decepções, por que acreditar?).
A decisão dos deputados, escolhidos por nós, população brasileira, mancha a história e pune o futuro. O desmatamento vai multiplicar, e agora será praticamente legalizado; a biodiversidade se verá amplamente afetada; e o Brasil não conseguirá atingir as metas de redução nas emissões de carbono prometidas em plena COP-15, na Dinamarca. Mas não é só. As tragédias naturais ganharão proporções geométricas, enquanto a falta de água se espalhará para todas as regiões. O preço é muito alto, e querendo ou não, teremos que pagar.
Pouco importa se estamos em pleno Ano Internacional das Florestas, cunhado pelas Nações Unidas, ou se a Semana Nacional da Mata Atlântica começa amanhã. Também de nada vale a proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente ou os preparativos para a Rio+20, quando veremos quais acordos da Rio 92 foram ou não cumpridos. Para o benefício imediato de alguns, vale tudo. E sabe quem encheu os pulmões para dizer isto? Eu e você, nas últimas eleições.
Que o luto de hoje não se restrinja aos três dias e à bandeira erguida a meio mastro. As conseqüências, de tão graves, pedem muito mais.
fonte: Instituto Terra
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
E a tragédia do descaso se repete... mais lágrimas, mais mortos, mais demagogia.
Federação Anarquista do Rio de Janeiro
Ano passado, as fortíssimas chuvas que irromperam em abril deixaram a nu a
incompetência, o descaso e o tratamento dos governos federal, estadual e
municipais com a população fluminense. Mais de 300 pessoas morreram pela falta
de planejamento no uso e ocupação das encostas e pela ausência de uma estrutura
adequada na prevenção dos desastres causados pelas chuvas.
Já se tornou rotina, dentro deste quadro, os governos habilmente deslocarem
a culpa da falta de planejamento e da infra-estrutura para os fenômenos naturais.
Todo ano o estrategema se repete ardilosamente. Esta manobra política pega
carona no discurso midiático que, ao invés de apontar os agentes responsáveis
pelas mortes, desloca os assassinos para o “sujeito indeterminado” das chuvas
torrenciais. Mas nós sabemos que as chuvas, com um planejamento básico e bem
estruturado, com planos de emergência e evacuação articulados, não provocariam
tantas mortes e estragos. Já é de conhecimento público, há pelo menos
quatrocentos anos, que o relevo do estado do Rio de Janeiro é bastante complexo
para a ocupação humana, principalmente nas áreas de encosta. Trata-se de uma
região onde estreitos vales e planícies se espremem entre montanhas. Mas como a
ocupação do espaço urbano segue mais os interesses da especulação imobiliária do
que propriamente um planejamento racional, as tragédias parecem se avolumar
junto com a incompetência política dos governos que se sucedem há décadas.
Um exemplo é que mesmo dentro destas condições geográficas e após
décadas de tragédias desnecessárias, o estado do Rio de Janeiro,
assustadoramente, não possui um órgão de GEOTECNIA*1 próprio para trabalhar no
mapeamento das áreas de risco e contenção de encostas!
A tragédia desta vez repete-se atingindo menos a região metropolitana e mais
as cidades da região serrana do estado, ocasionando até o momento, o doloroso
saldo de mais de 700 mortos identificados e que promete, infelizmente, crescer, já
se configurando como a pior tragédia envolvendo deslizamento de encostas e inundações da história do Brasil. E como sempre, aqueles mais atingidos são os que
moram nas zonas mais pobres.
Na noite e madrugada dos dias 11 e 12 de janeiro, uma grande massa de
umidade vinda da Amazônia ao se deparar com as montanhas, ascendeu, se
resfriou e despejou sobre a região serrana do Rio de Janeiro um volume de chuva
de até 183 mm no período de 24h(*2).
Os municípios mais atingidos desta vez foram Nova Friburgo (334 mortos
identificados), Teresópolis (285), Petrópolis (58), e outras 24 mortes em Sumidouro,
São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim(*3). O número de desalojados e
desabrigados nos municípios atingidos alcança quase 25.000 pessoas. Números
que são transformados em simples estatísticas e constituem parte do teatro típico da
demagogia política; que inclui uma encenação midiática, cujo auge é a visita pessoal
da presidente Dilma Rousseff e do governador Sérgio Cabral às áreas atingidas.
Lágrimas de crocodilo, típicas dos políticos. Enquanto o “grosso” dos recursos
federais estão sendo investidos na preparação e maquiagem da cidade para a Copa
do Mundo e das Olimpíadas, verdadeiras migalhas são investidas na contenção de
encostas das cidades atingidas. A título de comparação: só a reforma do Maracanã
custará aos cofres públicos a bagatela de mais de 900 milhões de reais. Já as
cidades de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, pasmem, vão receber
respectivamente até 2014, R$ 13,2 milhões, R$ 8,8 milhões e R$ 1,1 milhão para a
contenção de encostas! Junto, o montante que estas cidades receberão chega a
23,1 milhões! Ou seja, irrisórios 2,5% do custo total das obras no Maracanã, que já
tinha sido reformado em 2008 no Pan-Americano; mas a obra agora é para atender
as exigências da FIFA em se construir um estádio de “primeira classe”, para o
deleite da alta burguesia e dos especuladores da construção civil.
Um destes especuladores é Eike Batista, um dos homens mais ricos do
mundo e que promete transformar radicalmente a cidade do Rio de Janeiro(*4) em uma
“Barcelona Turística”, investindo 34 bilhões na metrópole. Obviamente, planos de contenções não estão nos horizontes do bilionário. Eike já deixou claro que um de
seus objetivos é combinar na cidade “praias estonteantes com importância financeira
e arquitetura ultramoderna”(*5), ou seja, mantém-se a praia para os ricos, e a lama
para os pobres.
Cientes deste movimento do grande capital estamos assistindo as três
esferas de governo organizarem-se para adaptar a cidade aos grandes
empreendimentos. As implicações como vimos, não passam apenas pela política de
criminalização e repressão da pobreza, mas se aglutinam em torno do esvaziamento
de projetos infra-estruturais que atendam o povo. No caso dos desastres com as
encostas, a ausência de planejamento dos governos, cúmplices da especulação
imobiliária e dos interesses politiqueiros regionais e locais, provoca a falta de critério no uso e ocupação do espaço urbano.
Além disto, não há um projeto nacional e uma política de habitação que
atenda nosso povo. Há um projeto nacional de moradia e habitação que atende
justamente as empreiteiras. A prova que esta política continuará é que, juntos, PT e
PMDB receberam R$ 90,9 milhões de reais(*6) em suas respectivas campanhas
políticas de grandes empreiteiras, como a Camargo Corrêa, Odebrecht e outras. As
empreiteiras doaram mais para estes partidos do que para outras legendas, o que
indica que a aposta de parte da burguesia nacional no projeto petista, parece estar
dando certo. Para completar o quadro, o recém-empossado ministro das cidades,
Mário Negromonte é um conhecido empreiteiro da Bahia! A raposa tomará conta(*7) do
galinheiro.
Enquanto isto, no Rio de Janeiro se investem bilhões na cidade para
conformá-la aos empreendimentos dos novos e velhos milionários e as zonas
periféricas da metrópole permanecem desamparadas do ponto de vista estrutural. O
resultado é que os problemas que eram típicos apenas da cidade do Rio de Janeiro
(tráfico de drogas, enchentes, desmoronamentos de encostas) “migram” ou crescem
em outros municípios do estado. Neste sentido, a cidade dos ricos agrava o
processo de gentrificação, ou seja, expulsão dos pobres para áreas mais longínquas da metrópole fluminense, cuja falta de estrutura deteriora cada vez mais as cidades
das regiões fora da cidade do Rio de Janeiro.
A triste tendência é que, nas próximas águas de março, o número de mortos
continue a ser contado às centenas, já que os recursos que poderiam ser aplicados
para evitar mais deslizamentos de terra, ou não são utilizados por falta de
planejamento dos governos municipais e estadual, ou continuam a ser empregados
para a construção da utopia dos milionários.
*1 - A Fundação GEO-Rio, que pertence ao município do Rio de Janeiro, é obrigada a apoiar o estado
toda vez que as tragédias se avolumam. Foi assim ano passado em Angra dos Reis e Niterói.
*2 - A maior altura de chuva foi em Friburgo, com 183 mm em 24 horas, que corresponde ao
acúmulo de uma lâmina de 18,3 cm de água por metro quadrado de terreno no período de
um dia. Essa precipitação em Friburgo foi a maior já registrada.
*3 - Vítimas registradas até a noite do dia 18 de janeiro
*4 - http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/07/01/eike-investira-34-8-bi-no-estado-do-rio-ate-2012-
*5 - http://www.blogcarioca.com.br/2010/12/28/eike-batista-investira-bilhoes-rio-de-janeiro/
*6 - Fonte: http://www.tse.gov.br
*7 - E por falar em “raposas”, as empresas já estão lucrando com as mortes e a tragédia. A empresa de telefonia OI distribuiu celulares “gratuitamente” aos moradores isolados sem comunicação. Sem dúvida nenhuma, os moradores irão pagar esses celulares gratuitos com o preço abusivo das taxas da telefonia celular; em taxas sempre “módicas”. A especulação imobiliária também adorou. Os preços dos aluguéis nas regiões atingidas subiram consideravelmente desde a destruição. A racionalidade capitalista propicia lucros até nas tragédias mais irracionais.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
PARADIGMA PLANETÁRIO
Paradigma planetário
A globalização comporta um fenômeno mais profundo que o econômico-financeiro. Implica a inauguração de uma nova fase da história da Terra e da humanidade. O filósofo das ciências Thomas Kuhn e o físico quântico Fritjof Capra, para entendê-lo, introduziram no debate a questão da mudança de paradigma. Sim, estamos mudando de paradigma civilizacional. Com isso, queremos dizer: está nascendo um outro tipo de percepção da realidade, com novos valores, novos sonhos, nova forma de organizar os conhecimentos, novo tipo de relação social, nova forma de dialogar com a natureza, novo modo de experimentar a Última Realidade e nova maneira de entender o ser humano no conjunto dos seres.
Esse paradigma nascente nos obriga a operar progressivas travessias: importa passar da parte para o todo, do simples para o complexo, do local para o global, do nacional para o planetário, do planetário para o cósmico e do cósmico para o mistério e do mistério para Deus. A Terra não é simplesmente a adição do físico, do vital, do mental e do espiritual. Ela encerra todas essas dimensões articuladas entre si, formando um sistema complexo. Isso nos permite perceber que todos somos interdependentes. O destino comum foi globalizado. Agora, ou cuidamos da humanidade e do planeta Terra ou não teremos mais futuro algum. Até hoje podíamos consumir sem nos preocupar com a exaustão dos recursos naturais; podíamos usar da água como quiséssemos, sem consciência de sua extrema escassez; podíamos ter filhos quantos desejássemos, sem temer a superpopulação; podíamos fazer guerra sem medo de uma catástrofe completa para a biosfera e para o futuro da espécie humana. Não nos é mais permitido viver como antes. Temos de mudar como condição de nossa sobrevivência na biosfera.
Leonardo Boff
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Os escravos do século XXI
Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário de miséria. O "desenvolvimento" capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.
Luther Blisse
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
EDUARDO PAES FASCISTA!!!
A história indiscreta do prefeito do Rio de Janeiro
Nesta biografia não-autorizada, você vai conhecer Eduardo Paes. Como ele começou na política, o troca-troca de partidos, sua associação com as empreiteiras, as remoções de favelas e a defesa do crime organizado, até chegar no atual "Choque de Ordem" — agressão contra o povo travestida de política pública — durante muito tempo sonhada pelas classes dominantes do país.
Eduardo Paes iniciou sua "carreira política" em 1993, com apenas 24 anos — antes de terminar a faculdade de Direito na PUC-RJ — no comando da subprefeitura da Barra da Tijuca, quando o prefeito da cidade era César Maia (PFL). Desde então, sempre foi um aplicado pupilo e seguiu à risca a principal lição de seu mestre: estar ao lado do capital. É importante repetir que ele foi guindado à subprefeitura por César Maia, porque na última farsa eleitoral, o discípulo fez todo o possível para se dissociar do mestre.
Três anos depois, foi eleito vereador. Sua subida vertiginosa no velho Estado brasileiro continuou em 1998, quando pela primeira vez foi eleito para a Câmara dos Deputados, com apenas 29 anos, e em 2002, quando foi reeleito. Antes da reeleição, porém, assumiu a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, durante a gerência de César Maia.
Em 2007, a convite do governador fascista Sérgio Cabral, Eduardo Paes assumiu a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer, mas deixou o cargo em março de 2008 para disputar as eleições para a prefeitura. Em apenas cinco anos o atual prefeito do Rio passou por três partidos — PFL, PSDB e PMDB — e de 1993 pra cá passou também por PV e PTB. Se for possível falar de infidelidade num regime de partido único, seu comportamento é mesmo um dos mais volúveis.
Dinheiro farto
Na campanha à Prefeitura do Rio, a candidatura de Eduardo Paes foi a que recebeu mais dinheiro. Somente até agosto de 2008 o PM DB havia declarado a arrecadação da pequena fortuna de 3,166 milhões de reais — valor que pode duplicar se considerarmos o dinheiro oriundo do caixa dois, prática mais que generalizada entre os partidos eleitoreiros. A Construtora OAS foi a que mais investiu nas eleições, com mais de 1,5 milhão de reais distribuídos por quase todos os candidatos — incluindo os representantes da falsa esquerda Alessandro Molon e Jandira Feghali, que lucraram, juntos, 500 mil reais. Naturalmente os doadores de campanha cobrarão a fatura em um futuro próximo.
Há duas empresas que também investiram muito nas eleições municipais do Rio de Janeiro. E são duas empresas que ajudam a contar a história de Eduardo Paes, porque há pelo menos duas décadas fazem parte do esquema César Maia. São elas o banco Bradesco e a empreiteira Carvalho Hosken. As duas empresas estiveram envolvidas nos despejos violentos promovidos pela prefeitura, em 2006, na Barra da Tijuca.
O interesse da especulação imobiliária no Rio de Janeiro ficou muito claro na ocasião do despejo violento, em fevereiro de 2006, da Comunidade Arroio Pavuna, localizada na Barra da Tijuca. As sessenta e sete famílias que lá residiam receberam indenização média de R$ 15 mil cada, valor insuficiente para adquirir outro imóvel na região, como determina o artigo 429 da Lei Orgânica do Município. Dessas indenizações, ao menos quatro foram pagas com cheques de empresas privadas (três da construtora Carvalho Hosken S/A e um da Uhslanga Comércio de Roupas).
Os quatro cheques são do Banco Bradesco, agência 1075 (Barra da Tijuca). Seus números e respectivos valores são 010794 (R$ 19. 516,00), 010776 (R$ 33.161,00), 010798 (R$ 26.208,00) e 010796 (R$ 17.434,00). Jovino Germano Pinto, 71 anos, aposentado, morou na Arroio Pavuna por 15 anos e falou sobre a retirada dos moradores.
— Foi tão rápido que nem deu tempo de fazer nada. Eles chamaram a gente na Secretaria de Habitação e disseram: 'Se vocês quiserem aceitar, tudo bem; se não quiserem, vamos tirar do mesmo jeito'. Aí deram os cheques e 24h pra gente sair. Teve gente que não aceitou, mas a Guarda Civil entrou, tirou as coisas e derrubou as casas.
Detalhe: distante apenas 50 metros de onde estava a Comunidade Arroio Pavuna encontra-se o Condomínio Rio 2, construído pela Carvalho Hosken, onde um apartamento de dois quartos custa, em média, R$ 700.000,00.
Violência contra o povo
Quando era subprefeito, em 1993, Eduardo Paes comandou uma tentativa de despejo violento numa outra favela da Zona Oeste, a Vila Autódromo. Os moradores da região dizem que Eduardo Paes os acusou de causar "dano visual, ambiental e estético", discurso punitivo contra a classe trabalhadora utilizado pelo então jovem estudante de Direito, de 24 anos, para concorrer e ser eleito vereador.
Em 1996, a Vila Autódromo sofreu uma ação de reintegração de posse movida pela Prefeitura. Inscrito sob o número 2245 na 4ª Vara de Fazenda Pública, e assinado por Luiz Roberto da Mata, da Procuradoria Geral do Município (PGM), o texto coloca como réus os ocupantes da Vila Autódromo e "objetiva reprimir dano ao meio ambiente urbano, dano ao meio ambiente natural, dano estético, paisagístico e turístico pedindo-se limitar (...), tomando-se providências para retirada de pessoas e coisas".
Analisando este histórico não é difícil compreender o atual "Choque de Ordem" promovido pelo prefeito Eduardo Paes. Trata-se de uma consequência natural das alianças que fez durante sua "carreira" política. Para deleite das empreiteiras e do monopólio dos meios de comunicação, que lucram com a violência contra a classe trabalhadora, Paes criou uma secretaria de governo apenas para tratar de ações contra mendigos, camelôs e gente que não tem onde morar. São as tais operações CopaBacana, IpaBacana e etc. O novo secretário, tão logo foi empossado anunciou o RioBacana, alcunha que por si só revela a opção de classe dos donos do poder. A Secretaria Municipal de Ordem Pública, comandada por Rodrigo Bethlen, representa melhor do que qualquer coisa o uso da máquina pública pelos ricos para massacrar os pobres.
Daí o jornal O Globo ter anunciado Eduardo Paes como o "novo xerife" daquilo que chamam de ordem pública. Logo após a eleição o novo guardião dos interesses capitalistas recebeu três páginas, no primeiro caderno, de uma entrevista "mamão com açúcar", sem perguntas difíceis. E mais duas ou três sob a vinheta "transição", dedicadas a relatar os feitos do jovem empreendedor em Brasília.
Apoio ao crime organizado
As chamadas milícias também marcam a história indiscreta do atual prefeito do Rio. Esses grupos paramilitares, compostos por policiais civis, militares, bombeiros e agentes carcerários são responsáveis por milhares de casos de assassinatos, torturas, ameaças e diversos tipos de agressões contra a população favelada do Rio de Janeiro. Até jornalistas já foram vítimas da brutalidade desses delinquentes, apêndices do aparato estatal para exercer controle sobre determinadas regiões e explorar serviços de gás, telefonia, TV a cabo, "segurança", entre outros.
Eduardo Paes, seguindo a diretriz de seu mestre político, César Maia, defendeu a ação desses bandidos numa entrevista ao programa RJTV, da Rede Globo, durante as eleições para governador do Rio de Janeiro, em 2006, quando se candidatou pelo PSDB. Na ocasião, o atual prefeito da capital fluminense declarou o seguinte:
— Jacarepaguá [Zona Oeste do Rio de Janeiro] é um bairro que a tal da polícia mineira, formada por policiais, por bombeiros, trouxe tranquilidade para a população. O morro do S. José Operário era um dos morros mais violentos desse estado, e agora é um dos lugares mais tranquilos.
Vários deputados estaduais e vereadores do Rio estão presos acusados de chefiarem os grupos paramilitares no Rio, mas nada foi efetivamente feito para que esses grupos deixassem de existir e eles continuam atuando livremente e com o apoio do Estado.
FONTE: http://www.anovademocracia.com.br/anteriores/94/2125-a-historia-indiscreta-do-prefeito-do-rio-de-janeiro
MEUS AMIGOS, VAMOS PENSAR ANTES DE VOTAR NOS CANDIDATOS DESSA MAFIA...
OS FASCISTAS ESTÃO AÍ, A SOLTA QUERENDO AUMENTAR O PODER E ASSIM USAR E ABUSAR DELE...
FORA CABRAL!
FORA DILMA!
FORA LULA!!
FORA EDUARTO PAESS!!
domingo, 16 de maio de 2010
Evoluindo e emanando coisas boas
Vibrações além das normalidades urbanas
Pessoas indo e vindo
Corações ao relento
Destino traçado e carregado pelo vento
Forças sobrenaturais ajudando os guerreiros da terra
Contra forças e poderes “babiloucos”
Guerreiros lutando com os verdadeiros “loucos”
Querem destruir a nossa mata
Eu não deixo evoluo e mereço
Um lugar verde à beira mar
Para ser minha morada
Viver,evoluir e plantar
Plantar na nossa terra sagrada
O futuro para uma nação
Imensidão de corpos e almas
Umas sem coração
Outras lutando na contra mão
Mais continua essa luta
Já traçado o objetivo
Lutando e conquistando
Sem recuar sempre resistindo
Com as forças do Criador
Diogo Saddock de Sá
Escrito dia 20/04/2010
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